Você sabe por que dia 17 de abril é o Dia Internacional da uva Malbec?
A data foi instituída pela Wines of Argentina (instituição que desde 1993 promove a marca e a imagem do vinho argentino no mundo) em homenagem ao dia em que Domingo Faustino Sarmiento, então Presidente da Nação, decidiu transformar a indústria vitivinícola nacional.
Sarmiento sabia que na Argentina havia um grande potencial na indústria do vinho. Assim, em 17 de abril de 1853, pediu ao agrônomo francês Michel Aimé Pouget que coletasse diferentes variedades de uvas de seu país de origem e experimentasse em solo argentino.
Malbec estava na seleção de Pouget, que começou a adaptar as diferentes variedades que trouxe da França para todo o território argentino, especialmente na região de Cuyo em Mendoza. A variedade floresceu uma década depois, criando vinhos superiores aos franceses.
Em 1956, uma geada destruiu a maioria dos vinhedos de Malbec na França. Isso acabou posicionando os vinhos argentinos mundialmente. Durante a década de 1990, a Malbec tornou-se a uva mais desejada e pedida no exterior.
Hoje, a Malbec é a casta emblemática da Argentina, pela sua qualidade e quantidade de vinhos que são produzidos no país.
Wines of Argentina estabeleceu o dia 17 de abril como o Dia Mundial da Malbec em homenagem à decisão que o presidente Sarmiento tomou em 1853. Atualmente, mais de 60 cidades ao redor do mundo realizam eventos para celebrar a data.
A origem da uva Malbec
Malbec é originária do sudoeste da França. Esta variedade foi ali cultivada, com a qual se elaboravam os vinhos denominados “de Cahors” em homenagem ao nome da região, reconhecida desde os tempos do Império Romano. Esses vinhos se consolidaram na Idade Média e acabaram se fortalecendo nos tempos modernos.
A conquista do mercado inglês foi um passo decisivo na valorização desta variedade na Inglaterra e no mundo. No entanto, no século 19, a fama do vinho de Cahors começou a declinar. A praga da filoxera que atingiu a França a partir de 1877 e fez desaparecer os 40.000 hectares cultivados na França, segundo o historiador Pablo Lacoste.
Mas, a essa altura, a uva, livre de filoxera, já havia chegado à América do Sul, onde encontraria o terroir ideal para se desenvolver em todo o seu esplendor.
Mendoza na Argentina é, de longe, a maior província produtora desta variedade, concentrando quase 84,6% do volume que é produzido em solo nativo. A segunda província é San Juan com 6,4% da produção, seguida de Salta com 3,6%. (INV 2021).
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