Vinho de 2.200 anos surpreende arqueólogos na China

O vinho de 2.200 anos encontrado recentemente em Shaanxi, na China, trouxe novas perspectivas sobre a cultura da bebida no período da Dinastia Qin. Pesquisadores descobriram cerca de 300 ml de um líquido branco e leitoso, preservado em um vaso de bronze fechado com fibras naturais. O achado demonstra como o vinho de arroz já tinha papel importante na vida cotidiana de diferentes classes sociais da época.

As análises laboratoriais identificaram aminoácidos em alta concentração, além de pequenas quantidades de proteínas e ácidos graxos. Essa composição o aproxima do vinho de arroz amarelo consumido até hoje na China. O recipiente que guardava a bebida é um vaso sacrificial, encontrado junto a outros objetos, incluindo uma espada de bronze, em uma sepultura simples, sugerindo que o falecido era possivelmente um soldado.

Vinho de 2.200 anos e seu simbolismo

O achado de um vinho de 2.200 anos em um túmulo não pertencente à nobreza reforça a ideia de que o consumo de álcool era um hábito difundido. Ao contrário do que se pensava, não se restringia às elites. Essa descoberta arqueológica acrescenta informações valiosas sobre o papel social das bebidas fermentadas no passado chinês, além de revelar aspectos simbólicos de rituais funerários e do cotidiano militar.

Comparado a outras descobertas, o vaso chinês pode ser considerado o recipiente de vinho mais antigo já localizado. Isso porque, ao contrário da famosa garrafa de Speyer, encontrada na Alemanha e datada do século IV d.C., este artefato preservava uma bebida ainda mais antiga. A relevância desse achado não está apenas na idade, mas também na conexão entre passado e presente, mostrando como tradições se mantêm ao longo de séculos.

Assim, o vinho de 2.200 anos não é apenas uma curiosidade histórica, mas um testemunho do vínculo humano com a bebida, sua cultura e simbolismo. Ele nos lembra que, embora o tempo avance, o vinho continua sendo parte da memória coletiva e um elemento de identidade social.

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Esta é uma interpretação resumida do material original. Para detalhes completos, consulte a fonte: Sci News — Imagem: ChatGPT