É difícil pensar em bons vinhos sem considerar os rótulos produzidos por nossos hermanos da Argentina. Os vinhos argentinos vêm, cada vez mais, conquistando o seu espaço nas prateleiras e no gosto de consumidores e especialistas, e isso não acontece por acaso.
O país é, hoje, o quinto maior produtor de vinhos de todo o mundo, com nada menos do que uma média de 210 mil hectares de vinhedos plantados por todo o seu território.
A soma de condições climáticas favoráveis com o estilo moderno de produção tem originado rótulos que são exportados em grande escala, até mesmo para o Velho Mundo. Aliás, cerca de 25% da produção argentina é destinada para lá!
Entre os fatores responsáveis por esse sucesso estão a excelente relação custo-benefício e o apelo imediato: os tintos macios, ricos e concentrados são fáceis de beber e encantam desde o primeiro gole.
Quer saber de onde vêm esses rótulos tão saborosos quanto acessíveis e conhecer os seus diferenciais? Basta continuar a leitura!
Grandes regiões produtoras de vinhos argentinos
Desde a colonização espanhola, a Argentina vem se dedicando à produção de vinhos, mas foi apenas nos anos 90, devido a condições político-econômicas, que o país começou a exponenciar a sua produção.
De uma forma geral, é possível dizer que as condições climáticas da região são favoráveis ao sucesso: o clima, os terroirs privilegiados e a possibilidade de se plantar em altitude resultam tanto na produção de bebidas mais leves como em vinhos de estrutura e complexidade — que estão entre os melhores do mundo.
Entre as uvas cultivadas com maior destaque, podemos citar a Malbec, a Cabernet Sauvignon, a Bonarda e a Chardonnay, para os vinhos brancos. Várias outras experiências têm sido feitas a partir das uvas Syrah, Tempranillo, Merlot, Pinot Noir e Sauvignon Blanc, deixando claro que os argentinos querem surpreender muito mais!
Mendoza
É impossível falar sobre a produção de vinhos argentinos sem citar Mendoza. Sendo uma das regiões que mais recebeu investimentos estrangeiros, Mendoza produz mais de 80% de todo o vinho do país, e é onde estão localizadas as vinícolas mais tecnológicas.
Tão rica quanto variada, a produção de vinhos do local é dividida por suas regiões: Norte, Leste, Central, Vale de Uco e Sul. Cada condição climática e do solo influencia diretamente no produto final, mas é possível dizer que existem vários tipos de uvas diferentes plantados em cada uma dessas sub-regiões.
Apesar da vasta produção, merecem destaque em Mendoza os vinhos de corte — que também podem ser chamados de assemblage (na França) ou blend (nos Estados Unidos) —, aqueles produzidos com mais de um tipo de uva (geralmente, três).
Essa mistura é feita para que se possa extrair o melhor de cada fruto, resultando em um produto final mais equilibrado, completo e complexo.
Geralmente, a uva Malbec é a grande protagonista de Mendoza. O resultado da mistura são rótulos com estrutura, potência, acidez e sabores variados que agradam o paladar contemporâneo, especialmente nos países do Novo Mundo.
San Juan
Seguida de Mendoza em relação ao volume de produção e também à importância está San Juan. Localizado na região de Cuyo, o local tem cerca de 50 mil hectares dedicados aos vinhedos, e a sua altitude varia entre os 600 e os 1400 metros.
Uma característica interessante de San Juan é que essa é uma área ensolarada e quente por 11 meses no ano — apenas por 30 dias o céu é encoberto por nuvens. O resultado desse clima são uvas ricas em polifenóis que, por sua vez, originam vinhos intensos, decorrentes do sabor de frutas bastante maduras.
Por falar em frutas, a uva predominante na região de San Juan é a Syrah.
La Rioja
Ainda em Cuyo, mas mais para o oeste, está La Rioja, caracterizada por pequenos vales irrigados e seus encantadores 7 mil hectares de vinhedos. A região é uma daquelas onde as uvas brancas e as rosadas são mais cultivadas do que as tintas.
A Torrontés Riojana tem grande prevalência nos vinhedos de La Rioja, ocupando 35% da produção total.
Salta
O local mais alto de Salta, no norte do país, está a nada menos que 3.111 metros acima do nível do mar, e é onde estão localizados os vinhedos com a maior altitude de todo o mundo.
Ainda que a região seja próxima do Equador e, consequentemente, mais quente, é essa altitude a responsável por manter o clima frio o suficiente para o amadurecimento perfeito das uvas.
Os vinhos de altitude, inclusive, são reconhecidos por sua qualidade superior. Afinal, o clima é uma soma de mais horas de sol, amplitude térmica maior e quantidade exata de água: condições em que apenas as melhores uvas sobrevivem.
O resultado em Salta são vinhos frescos, repletos de aromas e sabor, acidez na medida e menor teor alcoólico. A uva de maior predominância na região, responsável por essas características, somadas a muito frescor, é a branca Torrontés.
Patagônia
Conhecida por sua natureza exuberante, a região da Patagônia tem se destacado na produção de vinhos, sendo bastante explorada e mostrando um futuro promissor.
Com altitudes que variam de 300 a 500 metros acima do mar, o clima da região apresenta as condições ideais para a maturação das uvas, tanto em relação ao longo período de amadurecimento quanto à característica de dias quentes e noites frias.
As províncias de maior destaque da Patagônia são Neuquén, Río Negro e La Pampa, e as uvas cultivadas são diversas, como Malbec, Syrah, Sauvignon Blanc, Torrontés, Chardonnay e a delicada Pinot Noir.
Como você pode ver, a qualidade e a diversidade dos vinhos argentinos são um claro resultado das próprias qualidades e diversidades do país em relação ao clima, ao solo e, até mesmo, aos investimentos.
Vale lembrar que, apesar de uma parte considerável de sua produção ser destinada à exportação, o povo argentino é um grande apreciador de vinhos — e tudo fica melhor quando é feito com paixão, não é mesmo?
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[…] é, nada mais, nada menos do que a quinta maior produtora de vinhos do mundo? Sim, isso mesmo, os vinhos argentinos ganharam o […]